Primeiramente apresentei o filme do curta educação “feijoada fantástica” da série planeta palavra, relembrando o gênero textual “receita”, expliquei que os personagens são construídos com letras, formando palavras. Em roda da conversa, propus a construção de uma história com quatro páginas, onde fui escrevendo, assim como existe um autor para a receita, eles também puderam ser pequenos autores. Apresentei um livro online (“A cesta de dona Maricota”) para as crianças e dialogamos sobre suas características (título, autor, ilustrações e páginas), comparamos com a história que foi construída pelas crianças, observando sua semelhança. Ofereci um livrinho (folhas em branco) com quatro páginas, lápis de cor para ilustração e barbante para a montagem do livro.  

Realizamos a produção da capa com o título, nome do autor e a marcação das páginas. Com o livrinho das crianças já construído, montamos, colamos a capa em um papel cartão, organizamos as páginas  e fixamos com barbante. 

Logo após, propus a gravação de uma entrevista com as crianças sobre o que acharam de serem autores do seu livrinho de história. Foi realizado no dia seguinte “o dia do autógrafo”, expondo os livros em uma mesa e organizamos a sala para receber os pais sentados e a criança “autor”  autografou o livro e entregou para seus familiares.

O resultado foi incrível. No início as crianças se deslumbraram com a apresentação do filme, principalmente quando descobriram que os personagens eram formados por letras que formavam palavras. Para a construção das páginas, fizemos uma roda da conversa, onde questionei o local que aconteceria a história, anotando algumas opiniões e logo após fizemos uma votação. Sendo assim, dei início ao relato “Era uma vez”..., e fui questionando uma criança de cada vez sobre o que aconteceu, aproveitando o relato do colega e fui registrando o que eles falavam. Ao terminar os trechos, li a história por completo apresentando o resultado da obra. Durante o processo, fui relembrando o filme assistido, construindo palavras com as crianças. Conforme os personagens do filme, fizemos com as palavras dos animais que surgiram na história “cavalo, porco”. As crianças relataram sobre um menino que morava em uma fazenda e estava sentado em seu cavalo. Ele avistou um porquinho e foi para pegá-lo, mas o animalzinho se assustou e correu. 

O menino foi atrás e segurando no rabo do porco, levou uma mordida. Ele ficou triste e foi fazer um curativo e descansar. No dia seguinte, o menino viu o porco novamente e percebeu que se tratava de uma mamãe porca, pois estava cuidando de seus filhotinhos. A criança se alegrou e foi ajudar a mamãe porca, porém teve uma ideia, resolveu fazer uma festa para os bichinhos com bolo e docinhos. Para a ilustração, eu li novamente o trecho da história, já dividida por páginas a qual as crianças foram fazendo as ilustrações de acordo com o trecho lido, até que concluímos a capa e as páginas. Cada criança fez a ilustração da sua história, desenhando o menino montado em seu cavalo, a porquinha com seus filhotes e a festa para os bichinhos. Ao final da ilustração, numeramos as páginas, colamos a capa em papel cartão e imprimi os trechos da história no verso de cada desenho. Depois organizamos as páginas e montamos o livro utilizando o barbante. No final imprimi a foto colorida das crianças como autores e ilustradores da história, deixando uma dedicatória e um espaço para o autógrafo. Depois construímos um convite para os familiares participarem do evento “dia do autógrafo”. No dia da entrevista, montei um cenário com a estante de livros que temos na sala, uma mesinha com o livrinho das crianças e duas poltronas (uma para o entrevistador “professora” e outra para a criança entrevistada). a entrevista foi gravado com três crianças onde perguntei como foi para elas a experiência da construção do livro. Elas responderem que gostaram e que foi boa essa experiência. As crianças no geral gostaram de serem autores do seu livrinho e principalmente no dia do autógrafo, onde convidamos os pais para esse evento. Organizamos a sala para recebê-los (com cadeiras para se sentirem confortáveis e oferecemos um coffee break ao final dos autógrafos). No dia do autógrafo foi exposto uma mesa com uma cadeira onde a criança sentou-se e eu fui chamando uma mãe e ou pai que estavam presente para que pudesse contemplar seu filho autografando a história. Cada criança escreveu seu nome, apenas duas necessitam do uso do crachá, para entregar o livro a seus familiares e todos esperaram a conclusão e para participar do coffee break. O filme foi importante para a ampliação do conhecimento sobre os gêneros textuais, no qual trabalhamos o gênero receita, o convite e a criação da obra literária, construção de palavras, a criação e imaginação e sequência numérica.